Discurso Medalha Papai Raimundo Várzea Alegre, 26 de agosto de 2017 Senhoras e Senhores, autoridades aqui presentes, saúdo a Mesa em nome do prefeito de nossa cidade, José Helder Máximo de Carvalho, do vice-prefeito Dr. Fabrício Rolim e dos deputados estaduais José Sarto Nogueira e Josimar de Maranhãozinho. Peço licença para saudar os homenageados em nome da educadora, a professora Ana Ferreira Rolim “Dona Aniete”. Saúdo os convidados e o público presente em nome de Dr. Pedro Sátiro e saúdo as famílias em nome de minha família, meus irmãos sobrinhos e demais parentes, que representam minha mãe “Dona Tereza” que aos 85, e com limites impostos pela idade, não pôde vir a este solene momento. Mãe, sinto a presença dela aqui. Saúdo a família do Eterno Deputado Luiz Otacílio Correia, que hoje é homenageado pela passagem do seu Centenário de Nascimento, lembrando a memória do meu pai, Chico Marques, que com certeza, lá do plano superior, nos acompanha nesta solenidade. Senhoras e Senhores, porque estamos aqui, na parte mais alta desse local neste momento de homenagens? O que nos conduziu neste caminho que hoje o povo de Várzea Alegre nos agracia com uma de suas mais altas comendas: a Medalha Papai Raimundo? Foi preciso olhar para trás. Foi necessário utilizar os recursos de nossas memórias mais antigas para encontrar as respostas. E aí, imerso nas histórias das 11 pessoas e dos representantes da empresa que hoje recebem a Medalha Papai Raimundo, achamos as razões pelas quais o Governo de Várzea Alegre escolheu nossos nomes para esta homenagem. Da mesma forma como foram escolhidas, nas seis edições passadas, mais 60 pessoas para a outorga dessa medalha de elevado grau de prestígio. É necessário conhecer a história, como de fato a biografia de cada homenageado relata. Façamos uma síntese. A professora Ana Ferreira Rolim, nossa querida Dona Aniete, educadora respeitada no seio da sociedade varzealegrense, entre tantos exemplos de fé, religiosidade, amor à família e entrega à educação, passou por várias escolas de nossa cidade, formando pensamentos, construindo mentes e preparando as pessoas para o futuro. A enfermeira, Cristina Bitu de Freitas, de origem humilde, de inteligência sobrando. Órfã de pai, se agasalhou no meio da família. Vencendo todos os obstáculos, é reconhecidamente uma grande cidadã e uma grande profissional da área da medicina. O dedicado e sábio Francisco Batista Alves, para nós, nosso querido Demontiêr. Um homem que fez da contabilidade iniciada aqui em Várzea Alegre degrau para o sucesso da carreira profissional, com notabilizado serviço em vários municípios do Ceará, carregando sempre seu amor e carinho por Várzea Alegre, onde quer que fosse. Antes de ser vereador, José Batista Rolim atuou como professor. Mas é na política onde mais se destaca, onde se realiza, sempre em defesa dos interesses do povo mais carente de Várzea Alegre. Homem de posicionamento firme sua bandeira é o trabalho por nossa terra. José Sarto Nogueira, chegou a Várzea Alegre carregado pelos braços da política, investido no cargo de deputado estadual. Médico, natural de Acopiara, Várzea Alegre o acolheu e essa afinidade com nossa terra já lhe rendeu o título de cidadão varzealegrense. Por essa razão nossa cidade recebe dele atenção especial, sobretudo, quando o assunto é saúde pública. O varzealegrense Josimar Cunha Rodrigues, saiu daqui, dessa terra abençoada para ser banhado pelas bênçãos das terras maranhenses. Enxergamos em Josimar o espírito de luta, de capacidade, de superação e de inteligência do povo varzealegrense. É hoje, um empresário de sucesso e um político igualmente bem-sucedido, representando o estado do Maranhão como deputado estadual. Sua história e trajetória de vida nos honram pelo exemplo. Quando nasci e comecei a tatear os assuntos importantes para o conceito de sociedade e de urbanidade, o engenheiro Nilo Sérgio, já estava na política. Como deputado estadual, teve como prioridade defender as demandas de Várzea Alegre. As histórias que contam de Nilo Sérgio é que há neste corpo humano uma alma humilde, sendo uma pessoa extremosamente capacitada. O menino que passou graxa e deu brilho aos sapatos de tantos varzealegrenses e recorreu a tantas outras experiências de trabalhos não tão notórias inicialmente é um dos pioneiros no Ceará na construção de sistemas de informática para as administrações públicas. Samoel Holanda é esse amigo que leva o nome de Várzea Alegre no coração e no sorriso fácil. Precisaria de mais teclas no computador para falar sobre Valdinete. Não há desafio em folha em branco para uma história tão rica e tantos serviços prestados ao povo de Várzea Alegre, especialmente no desempenho de ações sociais, sua identidade maior e mais marcante. Uma mulher de fé, positiva, decidida e humana. Nesta edição, temos a estreia entre os homenageados, de uma personalidade jurídica. A GVS Sport, representada pelos empresários Hélio Tenório e Oscar Meneghiti. Esses dois homens acreditaram em Várzea Alegre, acreditaram no potencial do nosso povo, especialmente de nossos jovens. Hoje, essa empresa é modelo para o estado do Ceará por abraçar uma proposta do interior e diminuir as reclamadas filas de empregos na nossa cidade. E temos o agricultor José Carolino do Nascimento, mais conhecido por “Zé Luzia”. Reputo a importância e o mais alto significado da Medalha Papai Raimundo quando ela é outorgada a pessoas simples, do povo, como é Zé Luzia. Sua casa ainda é de taipa. A poeira ainda sobe ao passar da vassoura no chão batido. O suor ainda desce na sua fronte pelo escaldante sol derramado sobre sua cabeça no lidar com a terra, mais seca do que molhada, tão comum do nosso sertão varzealegrense. Zé Luzia é sinônimo de nossa fé. Tem cumprido a missão de escolher o pau da bandeira de São Raimundo Nonato, santo do qual é devoto, há mais de 20 anos. Na pessoa de Zé Luzia, vejo o meu pai, o agricultor e ferreiro Chico Marcos, vejo minha casa simples da Várzea Grande e do Novo Jordão, vejo minha mãe na sua lida, vejo meus irmãos também com suor no rosto. Vejo, os pais de muitos dos homenageados aqui, que no calor do sol e da terra escaldada sustentaram os filhos. Nos sustentaram e nos fizeram homens e mulheres de respeito. A medalha outorgada a Zé Luzia, reflete a história de Raimundo Duarte Bezerra, o Papai Raimundo, que empresta seu nome a essa medalha. Tenho certeza que hoje ele está feliz. A história de vida de todos os que já receberam, dos que hoje recebem e dos que no futuro serão agraciados com a Medalha Papai Raimundo é a resposta às perguntas feitas inicialmente, sobre estarmos neste local e quais caminhos nos conduziram até aqui. Creio que neste momento, todos os que estão aqui para receberam essa medalha, fizeram um passeio em suas vidas e se encontraram com os desafios, os desejos, as derrotas e as dificuldades que lhes foram impostos, mas também com a superação de todos esses desafios, provando a cada um o poder da resiliência, da persistência e da dedicação à família, aos amigos às atividades que exercem dignamente e com admirável desenvoltura. Essa nossa vida que exige de nós sempre mais e quando parecemos esgotados, a nossa fé diz para gente levantar e continuar a caminhada, pois a vitória é logo ali. E assim, vamos andando, seguindo em frente, firmando o passo, acertando rotas, traçando novas metas, às vezes voltando, mas sempre pensando no futuro que temos que descortinar e temos que vivê-lo. O sucesso na vida nem sempre significa a posse do dinheiro ou de grandes propriedades. Vestir a melhor roupa ou ser dono do carro mais possante. O sucesso na vida é determinado pelo campo de atuação e os desafios que temos que superar para escrever nossas histórias entre os homens, até mesmo superando nossas próprias fronteiras. Não importa se é o deputado, o empresário, o político, o professor, o jardineiro, o radialista ou agricultor. Todos temos uma história para contar. Conte a sua, faça seu caminho e brilhe na dimensão que o criador permitir. Seja farol, seja luz, seja sal da terra e seja, acima de tudo você, o exemplo que quer ser para você mesmo, e verás que conseguirás crescimento e que todos que estiverem ao teu lado também podem crescer e construírem grandes histórias. Você pode me perguntar. Marcos, você falou em todos os homenageados, sintetizou em a história de todos, mas não falou de você? Bom, diz a boa regra que um homem não conta seus feitos. Os homens contam os feitos do homem, perpetuam seus nomes aqui e na eternidade. Sou grato pela indicação do meu nome e tenham certeza que honrarei a homenagem hoje recebida, a medalha Papai Raimundo, assim como posso afirmar que é esse o sentimento dos homenageados de hoje dos 60 que já foram agraciados com essa honrosa comenda. Que Deus, nosso pai e criador, seja sempre nosso caminho. Muito obrigado.
Francisco Marco Filho